Pinto salgado
Depois do caso José Veiga, em que este jura com todos os seus dentes empresários, provavelmente mentirosos, estar inocente dos crimes de invasão fiscal e desvio de dinheiro, é caso para dizer que o pintainho, tal como o bacalhau, está esfiapado e Salgado. Só falta mesmo ser comido pelos abutres da opinião e do ministério público. E que melhor altura para isso do que o Natal. São Nicolau não poderia ter sido mais generoso com Luís Filipe Vieira, Dias da Cunha e seus pares. Não quero, tomar partidos, nem tão pouco, numa altura tão prematura, tão alegre e natalícia como esta, atirar ao desbarato juízos de valor, mas o tipo nunca me pareceu honesto. Nem mesmo quando trouxe aquele valioso marfim para o país, nem mesmo quando pagou todas aquelas viagens e ofertou todas aquelas meninas de alterne aos árbitros. Seria de admirar que em Portugal o futebol fosse limpo, quando num país mais ou menos civilizado como a Itália tal não se sucede(u?). Mas o caso não é único. Parece que o Presidente da Académica de Coimbra também é suspeito de peculato, assim como um conterrâneo, dirigente de um centro social, assim como a polícia municipal de Braga, assim como a Câmara de Gondomar e Valentim Loureiro, assim como o BES, assim como Fátima Felgueiras, assim como o BCP, o Finibanco e o BPN, assim como foi Vale e Azevedo. Assim como comem os porcos da pia dos outros.
Vêem uma tendência aqui? Eu não gosto nada de estereotipar as coisas, nada mesmo, a menos que elas tenham piada, e a verdade é que a maior parte destas pessoas provêem de mundos estranhamente híbridos do futebol e da política. Não gosto de meter tudo no mesmo saco, mas seria interessante que naquele azul de Fátima Felgueiras coubessem as lontras que são o Bernard Tápie, o Pinto da Costa, o defunto Gil y Gil, o Valentim Loureiro, o Berlusconi, Luciano Moggi. Eu sei que o cheiro poderia não ser muito agradável, mas quem sabe se teria alguma utilidade para a agricultura, dizem que o exterco animal sempre foi bastante eficiente.
Vêem uma tendência aqui? Eu não gosto nada de estereotipar as coisas, nada mesmo, a menos que elas tenham piada, e a verdade é que a maior parte destas pessoas provêem de mundos estranhamente híbridos do futebol e da política. Não gosto de meter tudo no mesmo saco, mas seria interessante que naquele azul de Fátima Felgueiras coubessem as lontras que são o Bernard Tápie, o Pinto da Costa, o defunto Gil y Gil, o Valentim Loureiro, o Berlusconi, Luciano Moggi. Eu sei que o cheiro poderia não ser muito agradável, mas quem sabe se teria alguma utilidade para a agricultura, dizem que o exterco animal sempre foi bastante eficiente.
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