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merda no sapato: "Define-me amor"

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

"Define-me amor"

- pede-me Pedro, olhos claros, ingénuo. - "Então, amor é quando acontece exactamente aquilo que queres que aconteça mas de jeitos e formas que te são estranhas. Jeitos e formas que te fazem sentir vivo. E fazem vibrar." - "Como assim? Sê mais concreto!" - retorque de forma insistente - "É como o que está a acontecer agora, Pedro... - respondo-lhe, simpático - "Agora? Mas!?" - "Sim, agora! Apesar de teres andado com a minha ex-namorada, eu continuo a ser simpático contigo e a ser teu amigo. Eu amo-te Pedro! É algo difícil de acontecer. É tipo metafísica, entendes? Consegues sentir isso? É um pouco como a ironia! E um pouco como a justiça também. Tu mereces isso Pedro! Sempre me trataste bem. Dá cá um beijo" - "Pois, acho que estou, mais ou menos... a... acho que tenho de me ir embora Stephane..." - atira sorrindo de um jeito estranho. "Mas eu amo-te! Vem cá!" - "Er... Tenho mesmo de me ir embora!" - responde temeroso - "Olha que te vais arrepender mesmo muito oh Pedro"- insisto com uma cantiga um bocado infantil. Acenou e disse-me que não. O Pedro sempre foi pragmático na forma de resolver os assuntos e aquela vez, em que antes de ter sido atropelado por um camião de porcos, foi violado por um Garanhão puro-sangue, acabando por ter que ir em vários pedaços para quatro morgues da região, não fugiu à regra.