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merda no sapato: Melodrama de sexta-feira à noite

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Melodrama de sexta-feira à noite

São dias como este que me fazem pôr tudo em causa. Dias danados. Decisões. Opções. Desilusões. Quantas vezes já se depararam com coisas que num determinado momento são e noutro já não o são? Chamam-lhe caos e dizem também que é o que dá piada e tira da vida a mecanicidade. Concordo, só não sei se sei lidar com as expectativas demasiado altas. Hoje queria palitar os dentes com um martelo-pneumático. Não consegui e fiquei em mau-estado. Mas também, perdido por 100 perdido por 1000 não é o que dizem? É um tormento termos que viver connosco mesmos e com as nossas paixões. Elas são absolutamente imprevisíveis e as dos outros tornam as coisas ainda mais árduas.
Não consigo discernir quando um sonho não passa precisamente disso, de um sonho. O resto das pessoas imagino que também passem pelo mesmo problema mas eu tenho a agravante de dormir cerca de 14 horas por dia e ingerir por altura do pequeno almoço peyote, san pedro e cogumelos alucinogénicos com leite. Creio que o problema não será tanto as drogas mas sim o facto de o meu pequeno-almoço ser tomado às 7 da tarde. Pois. Dormir demais faz mal e hoje acordei um bocado deprimido. É o amor, é o amor. Era o amor?
O amor, de facto é um lugar estranho e parece que eu não tenho o mapa para lá chegar. É-me difícil nutrir consistentemente sentimentos que não sofram abalos constantes. Sinto-me como um robocop mas sem a parte do heroísmo, o que me dificulta particularmente na altura do engate. Não que eu goste de engatar, eu julgava ter uma namorada. Mas é triste perceber, quando olho para a minha mão, que a peruca nela posta, não sejam os cabelos sedosos e brilhantes de uma mulher. Os meus braços estão a ficar desproporcionais à custa de tanta masturbação, e a fêmea que dá inspiração ao acto parece afastar-se cada vez mais. Julgava ter feito tudo certo desta vez. Espero que isto seja temporário. São difíceis, são muito difíceis as mulheres. Longe vai o tempo em que elas se limitavam a cozinhar e educar os filhos. Agora mandam em nós. No início não parece, mas depois torna-se óbvio. É um jogo que dominam e eu só sei jogar monopólio, e mesmo assim nunca percebi bem qual é a parte em que temos de comer o tabuleiro. Tenho pena de não haverem manuais de instruções para os relacionamentos. Bem vistas as coisas não sei se iria ter dinheiro para compra-los, só o índice deveria equivaler a 20 enciclopédias escritas em latim, em letra tamanho 3, times new roman. No início são muito sentimentais, todas elas, e depois tornam-se agressivas, possessivas e orgulhosas. Doi-me a alma há algum tempo e logo eu que duvido que a alma exista.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tadinho

8:19 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido pelo autor.

8:20 da manhã  

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